top of page

Compromisso e Descoberta: O Amor como Processo de Renovação

  • Foto do escritor: Ana Elisa Gonçalves Bortolin
    Ana Elisa Gonçalves Bortolin
  • 1 de mar.
  • 1 min de leitura

Para Calligaris, o amor transcende a mera condição passiva, revelando-se como um compromisso dinâmico que demanda coragem e disposição para enfrentar tanto o desconhecido no outro quanto os recantos inexplorados de si mesmo. Essa abordagem ressalta a importância da “vontade de conhecer” como fundamento essencial para a construção de relações que ultrapassam a superficialidade, possibilitando que os indivíduos se encontrem em sua totalidade — uma humanidade marcada pela imperfeição, pela constante transformação e pela capacidade de surpreender.

Essa perspectiva não se restringe à dimensão afetiva, dialogando com os princípios da psicanálise, que enfatizam a escuta ativa e a compreensão profunda do outro (Freud, 1914), bem como com uma filosofia relacional que valoriza a intersecção entre desejo e respeito. Em síntese, o amor, segundo Calligaris (2004), constitui um processo contínuo de descoberta e renovação, exigindo tanto a abertura para o novo quanto o reconhecimento das próprias limitações, o que promove relações mais autênticas e enriquecedoras.

Referências Bibliográficas

CALLIGARIS, C. A invenção do afeto. São Paulo: Publifolha, 2004.

FREUD, S. Sobre o narcisismo: uma introdução. In: FREUD, S. (Org.). Obras completas. Vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1914. (Trabalho original publicado em 1914).

FROMM, E. A arte de amar. Rio de Janeiro: Record, 1976. (Trabalho original publicado em 1956).

Comentarios


Post: Blog2_Post
bottom of page